Um quadro de 1913 do pintor russo Kasimir Malevitch que mostra um quadrado preto sobre um fundo branco serviu como ponto de partida, meio século depois, para o desenvolvimento do minimalismo na arte.
Movimento das artes visuais e da música que representa o ápice das tendências reducionistas na arte moderna, o minimalismo surgiu em Nova York no fim da década de 1960. Caracteriza-se pela extrema simplicidade de formas e pela abordagem literal e objetiva dos temas.
As primeiras manifestações dos escultores e pintores minimalistas nasceram de sua insatisfação com a action painting, ramo do expressionismo abstrato que dominou a arte americana de vanguarda durante grande parte da década de 1950.
Os minimalistas consideravam a action painting, de traço intuitivo e espontâneo, muito personalista e sem substância. Defendiam que a obra de arte não deveria referir-se a outra coisa a não ser a si própria e, em seus trabalhos, evitaram associações extra-visuais.
Formas geométricas simples e monumentais feitas de fibra de vidro, plástico ou metal caracterizam a escultura minimalista, entre cujos expoentes estão Donald Judd, Carl Andre, Dan Flavin, Tony Smith, Anthony Caro, Sol LeWitt, John McCracken, Craig Kaufman, Robert Duran e Robert Morris.
Na pintura, que difere de outras abstrações geométricas por rejeitar composições líricas e matemáticas, consideradas meios de expressão pessoal do artista, destacaram-se Jack Youngerman, Ellsworth Kelly, Frank Stella, Kenneth Noland, Al Held e Gene Davis.
O movimento minimalista estendeu-se à música, e nessa área quase se poderia dizer que teve como um de seus precursores o compositor alemão Carl Orff, em Carmina burana.
Numa reação contra a sofisticação intelectual da música moderna, os compositores passaram a adotar um estilo simples e literal, e dessa forma criaram uma música extremamente acessível. Na obra de La Monte Young e Morton Feldman, por exemplo, o tratamento tradicional da forma e da evolução foi substituído pela exploração do timbre e do ritmo, elementos musicais estranhos aos ouvintes ocidentais.
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